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Casa dos Crivos ou das Gelosias

Direitos de imagem: @wikimedia

🇵🇹 A Casa dos Crivos ou das Gelosias deve o seu nome às janelas da frontaria, revestidas com estruturas de madeira, que as ocultam consideravelmente. É conhecida por ser um exemplar único de uma tipologia utilizada nos séculos XVII e XVIII em muitas casas bracarenses, para obrigar os seus habitantes a um recato absoluto, traduzindo-se como um testemunho vivo da religiosidade conservadora de Braga.

O edifício destaca-se pela verticalidade, num aproveitamento da área reduzida onde se insere. A fachada principal apresenta três portas no primeiro piso, com portadas de madeira separadas por pilares. Já o segundo e terceiro piso são revestidos por rótulas, ou gelosias, que se tornaram o elemento mais emblemático da casa e que representam a tradição monástica da cidade.

As finas tábuas cruzadas permitiam a ventilação do interior dos compartimentos, preservando a intimidade doméstica e, acentuando, assim, o profundo contraste entre a vida pública e a privada. O lema era observar sem se ser observado.

O interior da casa divide-se, também, em três pisos, que corresponderiam, na época da construção, ao espaço da loja ou armazém no piso térreo e aos espaços habitacionais nos pisos superiores.

É Imóvel de Interesse Público desde 1971, ano em que foi classificada como “Casas das Gelosias”. Em 1980 foi adquirida pela Câmara Municipal de Braga, tendo sofrido obras de recuperação que se prolongaram até 1984, sob um programa e projeto que visou a transformação do interior da habitação para a instalação de um espaço museológico. Hoje recebe exposições temporárias, tendo, também, um auditório de apoio e duas salas de serviço educativo, características que lhe conferem um uso público de natureza cultural.

🇬🇧 Casa dos Crivos or Casa das Gelosias owes its name to the front windows, covered with wooden structures, which considerably hide them. It is known for being a unique example of a typology used in the 17th and 18th centuries in many houses in Braga, to force its inhabitants to a absolut pudency, translating into a living testimony to the conservative religiosity of Braga.

The building stands out for its verticality, taking advantage of the reduced area where it is inserted. The main facade has three doors on the first floor, with wooden shutters separated by pillars. The second and third floors are covered by or lattices, which have become the most emblematic element of the house and which represent the monastic tradition of the city.

The thin crossed boards allowed the ventilation of the interior of the compartments, preserving the domestic intimacy and, thus, accentuating the deep contrast between public and private life. The motto was to observe without being observed.

The interior of the house is also divided into three floors, which would correspond, at the time of construction, to the store or warehouse space on the ground floor and the living spaces on the upper floors.

It has been a Property of Public Interest since 1971, the year in which it was classified as “Casas das Gelosias”. In 1980 it was acquired by the Municipality of Braga and underwent restoration works until 1984, under a program and project that sought to transform the interior of the building for the installation of a museum space. Today it receives temporary exhibitions and has also a support auditorium and two educational service rooms, characteristics that give it a public use of a cultural nature.

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